Creio que a importância das relações luso-britânicas na história da cidade do Porto é bastante (re)conhecida, nomeadamente pela existência de uma poderosa e influente comunidade britânica que desempenhou um papel bastante notório por exemplo no desenvolvimento e comercialização do próprio vinho do Porto.
Mas há bastantes outros aspectos que talvez não sejam tão do conhecimento geral pelo que, acredito, faz todo o sentido visitar esta Exposição "O Porto e o Reino Unido. 650 Anos de História Partilhada. 1373-2023" que está patente MMIPO - Museu da Misericórdia do Porto.
Há também diversas personalidades cuja história vale sem dúvida a pena conhecer. Destaco por exemplo William Tait, que sendo um “comerciante” acabou também por transformar a sua paixão pela hortícultura e produção florestal (entre outros ramos das ciências naturais) em algo muito para além de um mero “hobbie”.
Infelizmente, calculo que por desconhecer por completo esse potencial, foi também responsável para introdução de diversas espécies de acácias em Portugal, nomeadamente daquela que hoje é sabido consitui uma das mais “infestanes”, a mimosa.
Mais informações em: https://www.mmipo.pt/pt-pt/atividades/exposicao-o-porto-e-o-reino-unido.-650-anos-de-historia-partilhada.-1373-2023
“QUER SABER MAIS?
São vários os factos históricos que ligam a cidade do Porto e o Norte de Portugal à Aliança Luso-Britânica.
Desde logo, em 1353, o tratado de comércio e pesca celebrado entre Eduardo III e o célebre mercador portuense Afonso Martins Alho, que foi o seu principal negociador.
Mais tarde, em 1372, em São Salvador de Tagilde, hoje pertencente ao concelho de Vizela, celebrou-se um tratado de amizade e ajuda que uniu o nosso D. Fernando com o filho e a nora de Eduardo III, contra D. Henrique II de Castela e D. Pedro IV de Aragão.
Em 1386 selou-se um novo tratado, em Ponte de Mouro, Monção, entre D. João I e o Duque de Lencastre, em que foi prometido todo o auxílio a este para que pudesse conquistar o trono de Castela a que se julgava com direito. O casamento, na Sé do Porto, entre D. João I e D. Filipa de Lencastre, no ano seguinte, constituiu, assim, o ato político de garantia do cumprimento do tratado de 1386.
No decurso de seis séculos e meio de relação recíproca, outros tratados, convenções e atos uniram Portugal ao Reino Unido, sempre mantendo o espírito do primeiro acordo e com a mesma comunhão de interesses.
Esta abordagem é pretexto para salientar temáticas incontornáveis nesta relação multissecular entre o Porto e o Reino Unido. Há as ligações comerciais, em particular da relacionada com a produção e a exportação do Vinho do Porto; do apoio e da cooperação militar, com enfoque nas Invasões Francesas e nas Guerras Liberais; dos intercâmbios científicos e culturais, manifestados nas ciências naturais, na literatura, nas artes decorativas e na arquitetura.”
Pedro J. Pereira – Slow Motion Tours
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